fbpx

Em SP, Eric Clapton encerra turnê brasileira com reverência à música negra norte

 

Foi o encerramento de uma rápida turnê brasileira. E, dono de um repertório múltiplo, Clapton optou pela economia ao reduzir em 16 peças sua vasta história, repassada ao longo de 1h40 de show em São Paulo. O que se ouviu nesta quarta-feira (12), no Estádio do Morumbi, foi a reverência de um guitarrista inglês à música negra norte-americana, que começou com o standard "Key To The Highway", gravado pelo pianista Charlie Segar nos idos de 1940.
 
Para saudar as raizes do blues dos Estados Unidos, Clapton foi buscar "Hoochie Coochie Man", de Willie Dixon, conhecida com Muddy Waters; "Driftin' Blues", standard de 1945 de Johnny Moore's Three Blazers; "Nobody Knows When You're Down And Out", de Bessie Smith; "Before You Accuse Me", de Bo Diddley; e a obra de seu declarado ídolo maior, Robert Johnson: "Little Queen of Spades" e "Crossroads".
 
Com sua assinatura estavam lá "Tell The Truth", as baladas "Old Love" e "Wonderful Tonight", "Tearing Us Apart", "Lay Down Sally", "Badge", "When Somebody Thinks You're Wonderful" (de seu último disco, "Clapton", do ano passado), uma versão blues em marcha lenta para "Layla" e a obrigatória "Cocaine", que colocou de pé grande parte das 45 mil pessoas que estavam sentadas. Houve quem sentisse falta de "Tears in Heaven", "White Room", "Sunshine of Your Love" ou "Bad Love".
 
Com quase 50 anos de carreira, Clapton já trabalha numa zona de conforto que, mesmo explorando frases e escalas em improvisos, não traz muitas novidades aos seguidores de sua obra. Aos 66 anos, sua virtuose também já é mais econômica, mas não tira o brilho e a elegância de sua execução. O show é tecnicamente impecável e a apresentação é um espetáculo de músicos de alta qualidade. Por isso Clapton se limita a trocar poucas palavras com o público: quem tem o que falar ali é mesmo sua guitarra.

Fonte: https://www.uol.com.br

plugins premium WordPress