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UFC Rio 2: Deu tudo certo (de novo!)

Assim como no UFC Rio, o UFC 142, ou UFC Rio 2, realizado neste sábado, não teve nenhuma zebra, e o resultado disso foi mais um evento espetacular, com atuações memoráveis dos brasileiros.

José Aldo, brilhante, defendeu as tentativas de quedas de Chad Mendes, desferiu fortes chutes nas pernas, e ainda definiu com um nocaute sensacional.

Vitor Belfort não se abalou com a falta de profissionalismo de Anthony Johnson , que não bateu o peso, e foi muito bem, finalizando ainda no primeiro round. Excelente atuação.

Rousimar Toquinho, com a cabeça boa como ele mesmo destacou, deu mais um show no UFC, quase levando o pé de seu adversário para casa. Simplesmente um monstro na luta de chão.

O nocaute espetacular que Edson Barboza aplicou em Etim

O nocaute espetacular que Edson Barboza aplicou em Etim
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Edson Barboza fazia uma luta equilibrada contra Terry Etim, até encaixar aquele chute sensacional e conquistar um dos mais belos nocautes da história do UFC.

E o combate entre Erick Silva e Carlo Prater acabou sendo o mais polêmico da noite. Erick acertou uma joelhada em cheio em seu adversário, que caiu e foi alvo de uma série de socos. O árbitro Mario Yamasaki interrompeu a luta, e em seguida desclassificou Erick, alegando que ele teria acertado golpes ilegais na cabeça de Prater.

Minha análise daquele momento: não pude ver na tevê de casa, pois eu estava na Arena, e o telão fica longe. Mas a impressão que eu, Joe Rogan, Dana White, os repórteres que estavam por perto e muitas pessoas no twitter, é de que foi uma desclassificação injusta. White não só achou injusta como revelou que pagou a bolsa de vencedor a Erick. O vídeo será analisado e o resultado pode até ser alterado.

Outro ponto: caso Erick realmente tivesse acertado golpes ilegais, o correto seria o árbitro interromper o combate na hora e descontar um ponto pela irregularidade.

Como disse, não vi com tanta clareza por estar na Arena, então gostaria de saber a opinião dos fãs de esportes.

A polêmica sequencia de socos que resultou na desclassificação de Erick Silva

A polêmica sequencia de socos que resultou na desclassificação de Erick Silva
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Toquinho ganhou o prêmio de melhor finalização, Edson Barboza o de melhor nocaute, e ainda o de melhor luta com Etim. Cada bônus foi de US$65 mil.

Segue abaixo uma rápida descrição de cada combate da noite:

José Aldo fez o combate principal do show contra Chad Mendes e, mais uma vez, impressionou. Aldo defendeu-se bem das tentativas de quedas do invicto Mendes, um excelente wrestler, diga-se de passagem. O campeão ainda desferiu bons chutes em seu adversário, e parecia ter trabalho apenas no final do primeiro round, quando foi encurralado pelo americano. Mas, logo quando se desvencilhou do oponente, Aldo acertou uma joelhada em cheio em Mendes, que caiu e foi alvo de socos, até a interrupção do árbitro, que declarou o nocaute técnico. Na comemoração, Aldo foi, literalmente, para a torcida, empolgado com a vibração da plateia que torceu por ele.

Na penúltima luta da noite, Vitor Belfort encarou Anthony Johnson, que pareceu enorme no octagon, já que pesou quase seis quilos acima do exigido. Johnson surpreendeu e não aceitou trocar com o brasileiro, tentando derrubá-lo a todo custo. O feitiço, no entanto, acabou virando contra o feiticeiro, e Belfort, no fim do primeiro round, chegou às costas de seu adversário, lhe encaixando um estrangulamento e finalizando a luta, para delírio da torcida, que vibrou muito com sua vitória.

Rousimar Toquinho deu mais um show diante da torcida brasileira. Encarando Mike Massenzio, Toquinho precisou de apenas 1m03s para puxar seu adversário para a guarda e encaixar uma chave de calcanhar, finalizando seu adversário. Emocionado, Toquinho dedicou a vitória a Eraldo Paes, seu amigo e treinador que faleceu no fim do ano passado.

Rousimar Toquinho finalizando seu adversário

Rousimar Toquinho finalizando seu adversário
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

O duelo entre Erick Silva e Carlo Prater acabou como o mais polêmico da noite. Erick acertou uma joelhada em cheio em seu adversário no início da luta, e o castigou com uma série de socos até chegar ao nocaute técnico em apenas 29 segundos. O árbitro da luta, Mario Yamasaki, no entanto, decidiu desclassificar Erick, alegando que ele teria acertado diversos golpes ilegais na nuca de Prater. A decisão contrariou a torcida e até o comentarista da tevê americana, Joe Rogan, que discordou publicamente do árbitro.

Edson Barboza fez uma luta bem equilibrada contra Terry Etim. O inglês tentava derrubar Edson, mas o brasileiro se defendia bem, e levantava rápido quando derrubado. Edson minava as pernas de Etim, e o combate parecia ir para a decisão. No entanto, o brasileiro desferiu um belíssimo chute rodado na cabeça de Etim, que caiu nocauteado em um belíssimo nocaute no terceiro round. Arrasador! Um dos nocautes mais bonitos da história do UFC!

Thiago Tavares fez a última preliminar da noite contra Sam Stout. Depois de dominar completamente o primeiro round, o brasileiro teve mais dificuldades nos rounds seguintes, mas conseguiu levar a melhor e vencer na decisão dos jurados.

No intervalo entre as lutas de Tavares e de Napão, Jon Jones entrou na Arena com uma camisa da seleção brasileira de futebol e ainda levantou a bandeira do Brasil, ganhando aplausos da torcida. O campeão dos meio-pesados foi entrevistado pelo Canal Combate e revelou que deseja subir de categoria após limpar toda sua divisão. Disse ainda que gostaria de lutar no Brasil, mas não contra brasileiros. “Não gostaria de ouvir Uh! Vai Morrer!”, brincou.

Estreando no UFC, o invicto Ednaldo Lula teve pela frente Gabriel Napão, em luta que marcou seu retorno ao octagon após ter anunciado sua aposentadoria. Mais experiente, Napão tratou de colocar seu adversário para baixo e rapidamente chegou às costas, finalizando com um mata-leão no primeiro round.

Iuri Marajó mostrou novamente seu chão apurado no duelo contra Michihiro Omigawa. No fim do primeiro round, após dominar os minutos iniciais, Iuri aplicou um armlock justíssimo em seu adversário, que chegou a bater, mas o árbitro não viu (nem a tevê pegou, mas foi bem em frente a este blogueiro), e o round se encerrou. Iuri manteve o domínio no restante do combate, e, mesmo cansado, conseguiu administrar a vantagem, levando a vitória na decisão dos jurados.

Mike Pyle não deu chances a Ricardo Funch na segunda luta da noite. O americano tratou de encurralar seu oponente e lhe desferir uma série de golpes, vencendo por nocaute técnico. Após provocar a torcida brasileiro, acabou sendo alvo de muitas vaias, se tornando o maior vilão da noite diante do público.

Abrindo o evento, Felipe Sertanejo não foi bem no primeiro round contra Antonio “Pato” Carvalho, levando desvantagem no primeiro round. Nas etapas seguintes, porém, o brasileiro se empolgou com a torcida e virou a luta, dominando seu adversário e vencendo na decisão dos jurados. “Esta vitória foi graças a vocês. Eu senti a vibração de toda a torcida durante a luta”, disse o vencedor para o público, levantando a platéia.

Belfort comemora a vitória diante de Johnson

Belfort comemora a vitória diante de Johnson
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Fonte: https://espn.estadao.com.br/gleidsonvenga/post/235489_UFC+RIO+2+DEU+TUDO+CERTO+DE+NOVO

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