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Conheça a história de mulheres que fizeram história no Brasil

Dos tempos coloniais até a atualidade, mulheres brasileiras têm tomado a frente em lutas não só por igualdade de direitos, mas também por reconhecimentos sociais, culturais e políticos dentro da sociedade.

Neste dia das mulheres decidimos trazer histórias de mulheres que fizeram história no Brasil para te inspirar a nunca desistir do que você acredita!

Let’s go!

 

  • Celina Guimarães Viana – A primeira mulher brasileira a votar

Nascida em Natal, Celina morava em Mossoró, no Rio Grande do Norte, quando o Poder Judiciário local permitiu que mulheres se alistassem para votar em uma eleição complementar para o Senado. Celina e outras 20 mulheres se inscreveram. Ela foi a primeira a conseguir esse direito. A família guarda com carinho a foto que registra o momento: Celina, sorridente e de pé, deposita sua cédula em uma urna, cercada por homens, em abril de 1928.

Naquela época, as mulheres só ficavam em casa, mas Celina não se prendeu às restrições. E o marido dela, Eliseu, apoiou. O que ela fez foi um marco, abriu as portas para a emancipação feminina.

O Senado acabou invalidando os votos daquela eleição por não aceitar o voto feminino. Mas Celina e as outras mulheres ficaram conhecidas pelo pioneirismo. O sufrágio feminino foi adotado no Código Eleitoral em 1932, no início da Era Vargas, e as mulheres também puderam disputar vagas na política um ano depois.

Três anos após o episódio do voto, Celina mudou-se com o marido para Teófilo Otoni, em Minas Gerais, e, depois, para Belo Horizonte, onde poucos sabiam de seu pioneirismo. Ela morreu aos 81 anos, na casa mineira que resiste ao tempo. Agora, seu nome vai contar outras histórias.  

  • Cecília Meireles

Cecília gostava de escrever e escreveu… muito! Foram mais de cinquenta obras publicadas! A autora começou a escrever quando era jovem – o seu primeiro trabalho foi publicado aos 18 anos – e, ao longo da vida, passeou por diversos gêneros: poesia, crônica, conto, ensaio, literatura infantil e didática. Apesar de ter explorado muitos estilos, Cecília acabou por se consagrar no universo da poesia e da literatura infantil.

Além de escrever textos literários, essa mulher admirável foi professora, jornalista e fundou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934.

  • Chiquinha Gonzaga

As mulheres fortes também se destacam no mundo da música. Chiquinha Gonzaga foi uma brasileira de vanguarda: compositora, pianista e maestrina. Conhece aquela famosa marchinha de carnaval “Ô Abre Alas que eu quero passar”? Então, é de autoria dessa moça!

Filha de um militar com uma mulher mestiça, neta de uma escrava, Chiquinha teve acesso à educação de qualidade e desde cedo se mostrou fascinada pelo universo da música.

Conhecida pelo seu gênio forte, a jovem casou com um homem oito anos mais velho com quem teve três filhos. Como o marido não apoiava a sua vocação musical, Chiquinha pediu divórcio. Pouco tempo depois casou novamente e teve uma filha. O casamento também não deu certo, mas Chiquinha conseguiu afinal ter o destino que tanto queria: viveu da música, viajou pelo país, compôs e deu aulas de piano.

  • Tarsila do Amaral

Ela é autora da pintura brasileira mais valorizada da história, o Abaporu (que ultrapassa os US$ 2,5 milhões). Tarsila é um dos nomes centrais da primeira fase do modernismo artístico no Brasil e foi uma das responsáveis pela organização da revolucionária Semana da Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo.

  • Marta

Eleita a melhor jogadora do mundo por cinco anos consecutivos (entre 2006 e 2010), a alagoana conseguiu um feito inédito no futebol brasileiro. Entre os homens, nem Pelé e Ronaldo alcançaram essa marca! Ela é também a maior artilheira da Seleção Brasileira (contando a masculina e a feminina)e a maior artilheira da Copa do Mundo de Futebol Feminino.

  • Fernanda Montenegro

A maior dama do cinema nacional é até hoje a única mulher brasileira a receber uma indicação ao Oscar e a também a única (entre homens e mulheres) a ser nomeada em uma categoria de atuação. Fernanda foi indicada pelo longa “Central do Brasil”, em 1999, que também concorreu a Melhor Filme Estrangeiro naquele ano. Ela também recebeu o Emmy Internacional (considerado o Oscar da televisão) como melhor atriz estrangeira, por seu papel na série “Doce de Mãe”.

  • Hebe Camargo

Eterna rainha da televisão nacional, Hebe esteve ao lado de Assis Chateaubriand no nascimento da Rede Tupi, a primeira emissora brasileira de TV. Na época, ela comandava o primeiro programa feminino lançado aqui no Brasil, intitulado “O Mundo é das Mulheres”.

  • Leila Diniz

Em plena ditadura militar, Leila era defensora do amor livre e da emancipação feminina. Foi pioneira em usar biquíni na praia durante a gravidez e abriu caminho para que esse tabu fosse desmistificado. Aos 20 e poucos anos, era uma das maiores musas da televisão brasileira e também a que mais falava sobre sexo abertamente. Morreu aos 27, em um acidente aéreo. Ela voltava de uma viagem à Austrália e sua filha tinha apenas 7 meses na época.

  • Lota de Macedo Soares

Sem nunca ter cursado faculdade, Lota foi uma das mais importantes arquitetas do Rio de Janeiro nos anos 1960. Mesmo sendo uma mulher visada, não escondia de ninguém que era lésbica e foi uma das responsáveis pelo ambicioso projeto do Parque do Flamengo, o maior aterro urbano do mundo. O grande amor de sua vida foi a icônica poetisa americana Elizabeth Bishop, com quem viveu de 1951 a 1965.

  • Maria da Penha

Depois de escapar de duas tentativas de assassinato por parte do marido e lutar durante 20 anos para ver o agressor e o Estado punidos, alertou o governo para a urgência de uma legislação que protegesse mulheres vítimas de violência doméstica. Sua batalha não foi em vão e a lei que leva seu nome vigora desde 2006. Hoje, ela coordena uma ONG que auxilia vítimas e trabalha no combate ao problema.

  • Maria Lenk

Tida como uma das grandes heroínas do esporte nacional, ela foi a primeira mulher sul-americana a competir nos Jogos Olímpicos, em Los Angeles, no ano de 1932. Também foi a primeira brasileira a estabelecer um recorde mundial na natação e a única a figurar no International Swimming Hall of Fame, na Flórida.

  • Irmã Dulce

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, foi uma religiosa católica. Ficou muito conhecida por conta de suas obras de caridade e assistência aos pobres, e é considerada uma das mais importantes ativistas humanitárias do século XX. Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1988 e beatificada em 2011.

  • Rachel de Queiroz

Ela foi uma escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões. Foi também jornalista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance “O Quinze”, ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha. O romance “Memorial de Maria Moura” foi transformado em minissérie para televisão.

  • Toni Morrison

Toni Morrison foi uma escritora norte-americana e a primeira mulher negra vencedora do prêmio Nobel de Literatura, em 1993. Mas os méritos da prolífica autora americana não se traduzem apenas em suas inúmeras premiações e condecorações: a exclusividade e ineditismo de algumas delas, no entanto, indicam vitórias que ultrapassam os limites da literatura