A vida é aquele eterno “nada se cria, tudo se copia”, e não poderia ser diferente com Pokémon. Várias criaturinhas são inspiradas em animais e até plantas reais e você pode aproveitar o assunto para aprender ainda mais sobre biologia!
Kabuto e o caranguejo-ferradura: salvando vidas
O Kabuto é um Pokémon fóssil com um grande escudo marrom cobrindo o corpo. Ele possui pequenos olhos vermelhos e pode ser encontrado em oceanos.A inspiração para ele veio desse diferente artrópode, que tem parentesco com aranhas e escorpiões.
Você pode não conhecer o caranguejo-ferradura, mas a indústria da saúde já descobriu este animal há algum tempo. Todos os anos, mais de 250 mil exemplares são retirados do seu habitat e levados até laboratórios para que aconteça a extração de sangue.
Curiosamente, o sangue deles é azul, devido à presença da hemocianina, que é similar à nossa hemoglobina e faz o transporte do oxigênio através das células. Cientistas descobriram que um componente químico encontrado em seus amebócitos consegue detectar e isolar contaminações de bactérias. Assim, o sangue desses estranhos animais é usado para testar equipamentos médicos e vacinas; não é incrível?
Caterpie e a lagarta-cobra: enganando os inimigos
Assim que alguém começa a jogar, um dos Pokémons que mais aparecem no jogo é o Caterpie, essa simpática larva verde. Ela pode parecer inofensiva e pouco útil para as batalhas, mas a sua evolução final resultará em uma bela borboleta.
Na vida real, a Papilio troilus, também chamada de lagarta-cobra, é um inseto bem curioso: sabe essas estruturas que mais parecem olhos? São apenas uma camuflagem desenvolvida para assustar outros animais. À medida que a lagarta se desenvolve, ela perde essa característica, fica parecida com o Metapod e pouco depois se transforma em uma borboleta de asas negras, bem parecido com a Butterfree.
Poliwag e os girinos
Este pequeno e simpático Pokémon foi inspirado nos girinos.
Sabe aquela espiral na barriga deles? É correspondente ao intestino desses animais, que, nessa fase, possuem o lado ventral transparente.
Wooper e o axolote: fofura para todo lado
Esta criatura fofinha é a Ambystoma mexicanum, ou axolote, uma salamandra que conserva por toda a sua vida as brânquias externas. Estes animais têm uma grande capacidade de regeneração e, por isso, são muito usados em laboratórios.
Assim como o axolote, o Pokémon Wooper é um anfíbio marinho, com brânquias em ambos os lados da cabeça.
Magikarp e o Sebastes ruberrimus: muita calma nessa hora
Pertencente ao gênero Sebastes, este peixe se caracteriza pelo crescimento lento.
Deve ser por isso você precise de nada menos do que 400 candies para evoluir o Magikarp no Pokémon GO.
Sandshrew e o pangolim-malaio: enrolando-se para se defender
Assim como o animal que inspirou a sua criação, o Sandshrew é coberto de escamas e pode se enrolar durante uma disputa.
O Manis javanica, ou pangolim-malaio, é um mamífero nativo da Ásia, possui garras fortes – que ajudam a cavar buracos – e uma língua comprida como a de um tamanduá. É um animal solitário e de hábitos noturnos. Infelizmente, essa espécie está ameaçada de extinção devido ao comércio ilegal de sua carne: há quem acredite que suas escamas são afrodisíacas.
Vileplume e a flor-monstro: um grande parasita
Com quase 1 metro de diâmetro e chegando a pesar mais de 10 quilos, a Rafflesia arnoldii, ou flor-monstro, impressiona.
Agindo como uma planta parasita, que retira nutrientes das raízes das árvores, esta espécie não faz fotossíntese e também se alimenta de insetos que ficam presos em uma substância pegajosa que ela produz.
Apesar da aparência similar, o Vileplume usa um pólen tóxico para paralisar os outros Pokémons durante as batalhas.
Victreebel e a Nepenthes truncata: bela e perigosa – pelo menos para os ratos
Última evolução do Bellsprout, o Victreebel tem esta grande folha que se estende por sua cabeça. Este Pokémon atrai a vítima e a engole.
Na vida real, a Nepenthes truncata é uma planta carnívora, mas bem menos perigosa. Ela costuma ser vista nas Filipinas e pode chegar a 4 metros de diâmetro. Em setembro de 2006, no Botanical Gardens em Lyon, na França, uma planta desta espécie foi encontrada com um cadáver de um rato em decomposição.
*Redação com informações do Megacurioso